As restingas, vegetação típica das áreas costeiras brasileiras, desempenham um papel essencial na proteção ambiental, ajudando a fixar dunas, impedir o avanço do mar e preservar ecossistemas ricos em biodiversidade. Em Alagoas, um dos trechos mais emblemáticos desse bioma, entre a Praia do Francês e Barra Nova, enfrenta ameaças constantes devido ao desmatamento causado pela expansão imobiliária.
Para combater esse cenário, a mobilização em defesa das restingas ganhou força com o movimento "Abraço à Restinga", que reúne moradores, ambientalistas, surfistas, empresários e instituições como a Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O objetivo é garantir que essas áreas sejam reconhecidas como Patrimônio Permanente, assegurando sua preservação e o equilíbrio ambiental.
O primeiro Abraço à Restinga foi realizado com grande sucesso, chamando atenção da mídia nacional e mobilizando centenas de pessoas. O evento destacou a importância de proteger esse ecossistema, que abriga uma rica fauna e flora, incluindo locais de desova de tartarugas marinhas e espécies como a coruja-buraqueira.
Agora, a comunidade se prepara para o segundo ato, que acontecerá no dia 25 de janeiro, às 8h30, na área de surf da Praia do Francês, próximo ao antigo Leprosarium. O evento reforça a luta pela preservação das restingas e busca pressionar autoridades públicas, como o Governo Estadual e o Ministério Público, a tomarem medidas concretas para proteger a região.
Além de preservar o ecossistema, o movimento também fortalece a candidatura da Praia do Francês como uma Reserva Nacional do Surfe, unindo a prática esportiva à conservação ambiental. Segundo Dilson Ferreira, urbanista e participante do movimento, “a proteção das restingas é essencial não apenas para a biodiversidade local, mas também para a segurança ambiental e o futuro das próximas gerações.”
A comunidade espera que o segundo abraço atraia ainda mais participantes e visibilidade, consolidando o Francês como um exemplo nacional de equilíbrio entre urbanização, esportes e preservação ambiental.
Proteger as restingas não é apenas uma obrigação legal, garantida pelo Código Florestal e outras legislações federais, mas também um compromisso com a segurança ambiental, a biodiversidade e o futuro do turismo em Alagoas.
A mobilização mostra que, quando comunidade, ativistas e instituições se unem, é possível construir um futuro mais sustentável e preservado. Não fique de fora! Participe do segundo Abraço à Restinga e ajude a garantir que as belezas naturais de Alagoas sejam protegidas para as próximas gerações.
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